sexta-feira, 15 de junho de 2012

Crise política e futuro obscuro

Acompanhando as últimas movimentações políticas e as recentes manifestações nas redes sociais, pude perceber que: de um lado, é comum as pessoas mostrarem sua indignação com a corrupção e almejarem uma renovação, de outro lado, verifica-se que Nietzsche estava certo; nesse mundo de crise política, o velho veste uma nova roupagem, porém, sobre o mesmo corpo sórdido.

Há alguns meses atrás, Fernando Henrique Cardos publicou um artigo no Estadão, do qual pude extrair os seguintes questionamentos: de quê adianta ganhar uma eleição sem que haja uma prática política inovadora e pautada em planos de desenvolvimento? De que adianta se levantar contra um adversário político, sem materializar um discurso de renovação na política?

Por fim, acompanho uma entrevista do Vice-Governador, Otto Alencar, dizendo que o PSD surgiu em decorrência das ingerências políticas de natureza ditatorial vindas de Brasília!

Diante do exposto, o cenário político é desolador. De um lado, o aparelhamento do Estado; de outro lado, a força bruta; e, ambos se encontram e desaguam na mais ignonímia política! As excrescências mercatilizam a política, negociam alianças com o foco no poder, passando por cima das ideologias. Ideologias? Pra quê? No detestável cenário atual, quem se alimenta de ideologia é combatido a todo custo.

No entanto, é na adversidade que nasce o grande homem. E é por isso que me mantenho firme: falando à sociedade o que penso, desafiando os autoritários, mostrando minha indignação pela corrupção em todas as esferas, e, acima de tudo, fazendo política com técnica e com espeque em plano de desenvolvimento, mostrando, por onde passo, que existe o outro lado e que é possível fazer uma política descente.

Se iremos conseguir? Não sei... Mas, não há dinheiro que compre a dignidade de um homem e a sua tranquilidade de poder dizer o que pensa, com o sentimento do dever cumprido!