quarta-feira, 28 de março de 2012

Vereador Jambeiro entre a cruz e a espada!

Sob o argumento de que tinha que sobreviver na política, o vereador Jorge Jambeiro se desfiliou do PSDB e se filiou ao PP; saindo da oposição e migrando para a situação. Como consequência, o edil foi acusado de ter praticado infidelidade partidária e o Ministério Público Eleitoral pede a cassação de seu mandato no Tribunal Regional Eleitoral.

Passada tal situação constrangedora, o vereador agora fica entre a cruz e a espada quando o assunto é a aprovação das contas do prefeito João Henrique. Se votar pela rejeição das contas, seguindo o parecer do Tribunal de Contas, o vereador estará violando os interesses do PP, partido que ingressou a pouco arguindo necessidade de sobrevivência política; se vota pela aprovação das contas, o vereador estará agindo contra os interesses da população soteropolitana. O que fazer?

Diante de tal dilema, o vereador vai à imprensa e diz que é preciso tempo para averiguar com cautela as contas, vez que deve se cercar de fundamentos técnicos. Com isso, o edil ganha tempo; se possível, por que não votar após a eleição de outubro? Pois, passada a eleição, ganhando ou perdendo, o vereador poderá seguir um ou outro posicionamento sem se sentir pressionado.

Para quem já mudou de partido sob interesses próprios, não seria espantoso que votasse a favor de João Henrique pelo mesmo motivo, ou, protelasse o julgamento das contas para um período posterior às eleições.

Triste Salvador, trsite Bahia, triste Brasil; em que a classe política subjuga o interesse público aos seus próprio interesses.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O papel da juventude no cenário político atual.

Por mais de duas décadas o Brasil padeceu sob uma ditadura militar, um regime de exceção de práticas que violavam a democracia. Dentre os direitos violados estavam o de livre manifestação do pensamento. Contra a ditadura militar, houve uma produção política que desafiava as augruras da ditadura e mantinha acesa a chama de um ideal: a redemocratização.

Após a redemocratização, com a morte de Tancredo Neves e coma renúncia de Collor após sucessivas denúncias de corrupção, o país parecia entrar num choque político. No entanto, com o ingresso de Itamar Franco e o apoio ao planejamento econômico do então Minstro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, o Brasil recuperava sua credibilidade e se erguia dos destroços causados pelos últimos acontecimentos.

No entanto, de forma irresponsável, assistíamos a um partido que sempre escolheu ser contra o Brasil, permanecer numa oposição ao país, fazendo uso de um discurso demagógico, enquanto que Fernando Henrique Cardoso, juntamente com outros grandes nomes, comandavam a modernização do país, recuperavam as finanças públicas e iniciavam os programas de redistribuição de renda com estímulo ao exercício dacidadania, como representou o bolsa-escola.

Após anos de oposição infundada, o PT chegou ao poder alimentando falsas expectativas. Para quem já conhecia o histórico do PT, nenhuma surpresa ocorreu quando os meios de comunicação começaram a noticiar o maior escândalo de corrupção do país: o mensalão. Não bastasse a legitimação da corrupção, bem como a sua banalização, o PT mostra sua incapacidade de gestão, e, mesmo com a maior aprovação popular de um governo que colheu os frutos do cenário internacional e do que FHC havia sedimentado, nenhuma reforma foi feita nesse país, e vemos as crises instaladas: aeroportos, corrupção, regressividade do sistema tributário, falta de investimento na educação, ciência e tecnologia, e a manutenção da pobreza através da distorção do bolsa família.

Entretanto, o que mais preocupa no cenário político atual é a omissão e o desinteresse da juventude. Na ditadura militar, a juventude tinha um ideal: ver seu país redemocratizado para readquirir o direito de livre manifestar seu pensamento, de produzir! Noentanto, após a redemocratização, vemos a debilidade cultural se instalar no seio da juventude, que quando não está fazendo parte da cadeia produtiva da indústria de entorpecentes, está estudando sob a única preocupação de ingressar no mercado de trabalho de forma acrítica, adaptando-se ao mesmo!

Com isso, a capacidade de indignação morre e o conformismo com a corrupção se aloja. O papel da juventude é resgatar o amor à sua pátria, produzindo cultura política e lutar bravamente com a videz que é típica da juventude. Do contrário, estaremos condenados a ser sempre um país grande, mas, jamais um grande país. É hora de se alimentar de cultura, de se mobilizar e de lutar por um país melhor; e não de se acomodar. Afinal, a política bate na porta de nossa casa sem pedir permissão para entrar.

É hora de renovação na política!