terça-feira, 22 de novembro de 2011

O desenvolvimento social e a cidadania perpassam pelo investimento na criança, no adolescente e no jovem.

A Constituição Federal no seu art. 227 prescreve que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Diante do que preceitua a Carta Constitucional, verifica-se o fosso que existe entre o texto e a nossa realidade social. Crianças, adolescentes e jovens estão sujeitos a todo tipo de violência física e moral sem que haja uma plataforma política consistente por parte do poder público municipal. Pelo contrário, cada vez mais estão submersas na criminalidade e no uso de drogas em decorrência da falta de esperança.
O poder público municipal de Salvador deve ter um compromisso com as crianças, os adolescentes e os jovens; deveria criar centros de cultura por via da secretaria municipal da educação, cultura, esporte e lazer. Tais centros culturais seriam espaços interdisciplinares onde as crianças, os adolescentes e os jovens iriam dispor do aprendizado em arte, cinema e literatura africana, européia e indígena com a finalidade de resgatar as origens da cultura que informa o povo soteropolitano.
Além do mais, tais espaços também deveriam contar com o apoio do sistema “S” (como é o SENAI), em que os adolescentes em idade de trabalho e os jovens pudessem aprender um ofício e adquirissem condições de ingressar no competitivo mercado de trabalho.
Através dessa plataforma política, teríamos condições de formar cidadãos e recursos humanos qualificados para o mercado de trabalho. Nesse sentido, o desenvolvimento social seria uma conseqüência natural da realização dessa política propositiva.